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Como funciona a nova estrutura de impostos depois da Reforma Tributária?

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Reforma tributária

Médias e Grandes Empresas

Como funciona a nova estrutura de impostos depois da Reforma Tributária?

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A reforma tributária brasileira está chegando e, assim como quando a Uber revolucionou o transporte urbano em 2014, empresas que se adaptarem rapidamente às mudanças sairão na frente.

A reforma tributária brasileira está chegando e, assim como quando a Uber revolucionou o transporte urbano em 2014, empresas que se adaptarem rapidamente às mudanças sairão na frente.

Érik de Queiroz

Érik de Queiroz

5 de set. de 2025

5 de set. de 2025

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A reforma tributária brasileira está chegando e, assim como quando a Uber revolucionou o transporte urbano em 2014, empresas que se adaptarem rapidamente às mudanças sairão na frente. Enquanto taxistas perderam tempo lutando contra o inevitável, a Uber conquistou 70% do mercado no ano seguinte.

A reforma tributária segue o mesmo princípio: ela é uma realidade a partir de janeiro de 2026. A questão não é mais "se" vai acontecer, mas como sua empresa pode transformar os desafios em oportunidades competitivas.

O que é o Clube Tax?


O Cenário Atual: Por que a Reforma é necessária?

Complexidade extrema do sistema atual

O sistema tributário brasileiro atual apresenta números alarmantes:

  • 7,4 milhões de normas publicadas desde a Constituição de 1988

  • 586 normas por dia em média

  • 149 dias por ano trabalhando apenas para pagar impostos

  • 150 horas anuais gastas com obrigações tributárias

Problemas da carga tributária invisível

O efeito cascata atual cria distorções significativas. Um exemplo prático: na venda de leite de Goiás para São Paulo no valor de R$ 1.000:

  • Alíquota nominal destacada: 12%

  • Crédito transferido: R$ 120

  • Imposto efetivamente pago pelo vendedor (com incentivos): R$ 18

  • Carga tributária real do vendedor: menos de 1%

Essa disparidade entre o crédito transferido e o imposto pago gera complexidades na cadeia produtiva e dificulta a precificação adequada.

Guerra fiscal e distorções locacionais

Empresas como Nestlé, BYD e outras escolhem localização baseada prioritariamente em incentivos fiscais, não em logística ou eficiência operacional. Isso gera:

  • Aumento de custos logísticos

  • Ineficiências na cadeia de suprimentos

  • Decisões empresariais distorcidas

As principais mudanças da reforma tributária

IVA Dual: CBS e IBS

CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços)

  • Substitui: PIS, COFINS e IPI

  • Administração: Federal

  • Proteção à Zona Franca mantida

IBS (Imposto sobre Bens e Serviços)

  • Substitui: ICMS e ISS

  • Administração: Estados e Municípios unificada

  • Tributação no destino

Imposto seletivo ("Imposto do Pecado")

Incidirá sobre produtos nocivos:

  • Bebidas alcoólicas

  • Cigarros

  • Agrotóxicos

  • Combustíveis fósseis

  • Armas e munições

Novos princípios fundamentais

1. Não-Cumulatividade Plena

  • Crédito financeiro sobre todas as aquisições

  • Eliminação do efeito cascata

  • Base ampla de creditamento

2. Tributação por Fora

  • Fim do "imposto sobre imposto"

  • Base de cálculo única para CBS e IBS

  • Redução de contenciosos judiciais

3. Transparência Fiscal

  • Destacamento claro de todos os impostos

  • Cashback para classes de baixa renda

  • Ressarcimento em até 60 dias (promessa)

Principais desafios e impactos

1. Impacto no fluxo de caixa

Exemplo prático - Contratação de prestador de serviços:

Cenário atual:

  • Valor do serviço: R$ 10.000

  • Tributos inclusos: R$ 865

  • Custo líquido: R$ 9.135

Cenário pós-reforma:

  • Valor do serviço: R$ 9.135

  • Tributos por fora (27%): R$ 2.466

  • Valor total a pagar: R$ 11.601

  • Impacto no caixa: +16%

2. Split Payment: nova dinâmica de pagamentos

O split payment mudará fundamentalmente como funcionam os pagamentos:

  • Imposto retido automaticamente na transação

  • Vendedor recebe apenas o valor líquido

  • Fim do "empréstimo gratuito" do governo

  • Necessidade de ajuste no fluxo de caixa

3. Direito ao crédito condicionado ao pagamento

Venda a prazo - exemplo:

  • Venda: R$ 10.000 + 28% = R$ 12.800

  • No regime atual: creditamento imediato

  • Na reforma: creditamento apenas após pagamento efetivo

Isso impacta especialmente:

  • Operações com prazo estendido

  • Contratos de fornecimento

  • Empresas exportadoras

4. Coexistência de sistemas (2026-2032)

Durante a transição, empresas precisarão gerenciar:

  • Dois regimes tributários simultâneos

  • Contencioso dos últimos 5 anos (até 2037)

  • Possíveis discussões judiciais até 2050-2070

Oportunidades estratégicas

1. Créditos de implementação

Importante: Gastos com implementação da reforma tributária podem ser creditados de PIS/COFINS, assim como ocorreu com a LGPD:

  • Adequação de sistemas

  • Consultorias especializadas

  • Treinamentos e capacitação

  • Contratação de pessoal

2. Revisão de PIS/COFINS

Com a transição para CBS, há oportunidades de:

  • Ampliação do conceito de insumos

  • Revisão de créditos não aproveitados

  • Compensação de créditos acumulados

  • Aproveitamento de serviços antes não creditáveis

3. Vantagens competitivas por setor

Setores beneficiados:

  • Produtos da cesta básica (alíquota zero)

  • Itens com redução de 60%

  • Exportadores (ressarcimento rápido)

Exemplo - Indústria de laticínios:

  • Leite UHT na cesta básica

  • Possível posição credora

  • Vantagem competitiva na precificação

Plano de ação: 7 pilares estratégicos

1. Finanças

  • Objetivo: Gerenciar impacto no fluxo de caixa

  • Ações:

    • Revisão da Necessidade de Capital de Giro (NCG)

    • Análise de endividamento

    • Planejamento de recursos para transição

2. Comercial

  • Objetivo: Manter competitividade

  • Ações:

    • Revisão de formação de preços

    • Análise de vantagens competitivas

    • Projeções de receita por período

3. Compras e suprimentos

  • Objetivo: Otimizar custos de aquisição

  • Ações:

    • Desenvolvimento de fornecedores para nova realidade

    • Revisão de contratos de fornecimento

    • Cláusulas de proteção contra variação tributária

4. TI e sistemas

  • Objetivo: Preparação tecnológica

  • Ações:

    • Adequação de notas técnicas

    • Desenvolvimento de KPIs específicos

    • Relatórios gerenciais para tomada de decisão

    • Calculadoras de simulação

5. Supply chain

  • Objetivo: Reestruturação logística

  • Ações:

    • Revisão de localização de CDs

    • Análise de necessidade de múltiplas operações

    • Centralização vs. descentralização

6. Jurídico

  • Objetivo: Segurança contratual

  • Ações:

    • Revisão de 100% dos contratos ativos

    • Cláusulas de proteção tributária

    • Previsão de impactos no fluxo de caixa

    • Contratos de prazo com proteção cambial tributária

7. Governança

  • Objetivo: Gestão integrada do projeto

  • Ações:

    • Comitê multidisciplinar

    • PMO dedicado ao projeto

    • Comunicação interna estruturada

    • Treinamentos por área

Ações de curto prazo (Próximos 15 meses)

Imediatas (Próximos 3 meses)

  1. Estruturação do Projeto

    • Contratação de consultoria especializada

    • Definição de comitê interno

    • Estabelecimento de PMO

  2. Diagnóstico Inicial

    • Mapeamento de impactos por área

    • Levantamento de créditos atuais

    • Análise de contratos críticos

Médio prazo (6-12 meses)

  1. Adequação Sistêmica

    • Implementação de novas funcionalidades

    • Testes e homologações

    • Desenvolvimento de relatórios gerenciais

  2. Capacitação

    • Treinamento de equipes

    • Workshops por departamento

    • Criação de procedimentos internos

Pré-implementação (12-15 meses)

  1. Testes Finais

    • Simulações completas

    • Ajustes de última hora

    • Plano de contingência

Setores específicos: considerações especiais

Agronegócio

  • Desafios: Crédito presumido incerto, opção de contribuinte para produtores

  • Oportunidades: Produtos da cesta básica, possível manutenção de diferimentos

Medicamentos

  • Desafios: Fim da monofasia, necessidade de adequação ao CMED

  • Oportunidades: Possível redução de complexidade regulatória

Serviços

  • Impacto: Maior tributação, necessidade de revisão de precificação

  • Estratégia: Aproveitamento ampliado de créditos na CBS

Simples nacional

  • Mudanças: Permanência opcional no DAS ou migração para regime híbrido

  • Decisão: Análise caso a caso de vantagens

Conclusão: O momento de agir é agora

A reforma tributária brasileira não é apenas uma mudança de regras - é uma oportunidade de reposicionamento estratégico. Empresas que iniciarem a preparação agora, com visão de longo prazo e abordagem estruturada, estarão melhor posicionadas para:

  1. Minimizar impactos negativos no fluxo de caixa

  2. Maximizar oportunidades de creditamento e redução de custos

  3. Ganhar vantagem competitiva através de melhor gestão da transição

  4. Preparar-se para o futuro com sistemas e processos otimizados

Próximos passos recomendados

  1. Forme seu comitê de reforma tributária hoje mesmo

  2. Contrate consultoria especializada para diagnóstico inicial

  3. Mapeie todos os contratos que serão impactados

  4. Inicie a adequação sistêmica imediatamente

  5. Capacite suas equipes para a nova realidade

Lembre-se: a reforma tributária não é do departamento fiscal - é de toda a empresa. Cada área será impactada e precisa estar preparada.

A mudança é inevitável. A preparação é opcional. O sucesso é uma escolha.

Escrito por

Érik de Queiroz

Contador com 24 anos de experiência na área Fiscal e Tributária, atuando em empresas nacionais e multinacionais nos segmentos de agronegócio e alimentos & bebidas. Reconhecido por gerar mais de R$ 200 milhões em resultados através de estratégias avançadas de planejamento tributário e implementação de melhorias sistêmicas.

Lidera projetos complexos de integração de sistemas, participo ativamente de comitês executivos sobre Planejamento e Reforma Tributária e atuo como palestrante, mentor e facilitador de treinamentos. Eleito “Profissional TAX do Amanhã 2025” pela Deloitte.

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